Iniciamos na segunda semana de julho/2020 a Série AARS Depoimentos: Arquivos na pandemia. Hoje publicamos o trigésimo sétimo depoimento.
A associada Lidiane da Silva Machado relata o impacto da pandemia da Covid-19 no seu trabalho arquivístico.
Os depoimentos são publicados às quintas-feiras no site da AARS.
Lidiane da Silva Machado
Arquivista Hospital de Clínicas
Porto Alegre, RS.
Associada n. 082 da AARS
1. Qual o seu local de trabalho como arquivista?
Trabalho na Seção de Arquivo Médico e Informações em Saúde – SAMIS desde setembro de 2017 e desde outubro de 2019, atuando como Supervisora.2. Quais atividades desenvolvia antes da pandemia?
Desde que eu ingressei sempre atuei bem próxima ao Arquivo físico, coordenando o processo de digitalização dos prontuários, de forma a atender todos os padrões e requisitos legais, mantendo a integridade e a confiabilidade dos documentos para os usuários finais. Também participo de grupos e comissões institucionais como: Comissão Permanente de Prontuários e do Grupo de Trabalho de Facilitadores do Programa de Gestão da Qualidade e da Informação em Saúde – QUALIS. Com a nova chefia, a partir de 2019, passei a desempenhar o cargo de Supervisora, apoiando diretamente a chefia no desenvolvimento de projetos de melhorias para o setor, assim como atuando conjuntamente na liderança da equipe de colaboradores.3. A pandemia mudou a sua rotina de trabalho? Se sim, conte-nos o que mudou.
A pandemia mudou muito minha rotina de trabalho com certeza. No início, aprender a trabalhar de forma remota, em casa, com marido em home office e filho em aula online, realmente, foi um grande desafio e ainda está sendo. Mas, o mais difícil foi liderar à distância, pois parte da equipe se manteve presencialmente, em função das atividades operacionais, apesar de muitos de nossos processos já estarem digitais. Também, durante a pandemia, mudamos a forma de atendimento às solicitações de prontuários pelos pacientes, passando a atender de forma digital pelo aplicativo Meu Clínicas, assim como por e-mail exclusivo para isso. Concomitantemente, estamos participando dos Grupos de Trabalho do Arquivo Nacional, elaborando os instrumentos de gestão documental da área da saúde.4. Depois que a pandemia passar, como será a volta ao trabalho? Que rotinas pretende retomar e quais manterá?
Em outubro de 2020 voltamos presencialmente, eu e a minha chefe, de forma escalonada, pois foi necessário estarmos mais próximas da equipe. Mas, muitas rotinas mudaram ou mudarão, pois com a pandemia a digitalização (no sentido de tornar digital) documentos e processos se acelerou, muitas leis passaram entraram em vigor e estamos em constante evolução das nossas atividades. O atendimento aos pacientes, com certeza se manterá de forma digital. Desta forma, a necessidade de garantir a cadeia de custódia dos documentos digitais e manter integridade, confiabilidade, segurança e preservação a longo prazo desta tornou-se fundamental.